MasticadoresBrasil Editora: Miriam Costa

PARA ITAPUÃ. As águas dos dias escorrem para o cimo crepúsculo Ventos levam os ares do sol ao outro amanhã Auras viram ondas a cair sob as sombras Vultos adentram a simbiose da noite Em alheio sentido danças acontecem Um turbilhão invade devaneios em cheios mares de luz Há um ajustamento de loucuras no silêncio dos redemoinhos das águas O círculo no seio da vida aniquila temores Afundam-se navios carregados de angústias No desalinho das curvas afogam-se séculos Âncoras caladas no sempre observam ocasos Ali peixes guardam desconhecimentos eternos As marés ficam confusas A queda das águas mergulha desconhecidos vazios Inundam o leito escuro dos vales Vão as águas ao recuo das marés Cobrem pedras caminhos de musgos As águas dissolvem-se nos tons dos meus olhos O coração arranca voos que giram a viver e a viver… A leitura das águas fulmina retinas Deságua o silêncio Ventos alcançam pedras ao…
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