MasticadoresBrasil Editora: Miriam Costa
PorMiriam Costa & Cronicarte

Não guardo as sobras do que eu costumava ser.
Não guardo os descaramentos de quem fingiu me entender.
Não sou de castidade nem só decência, isso é perda de tempo, ângulos irreais!
Nem é preciso ter saudade da dúvida, que escondia os segredos carnais à flor da pele.
A vida se encarregou de relevar sua bula!
Não tenho tempo para elaborar mais jogos emocionais, já cheguei à maturidade dos meus quarenta e poucos anos.
Dane-se a questão de maiúsculas ou minúsculas, lá no fundo as teses guardadas são outras, por cima, papéis que descrevem gestos extintos que traziam sorrisos para a minha boca.
Meu anônimo às vezes forçoso, para me restituir o ser e em ser me suprir do tédio com música, poesia, pintura, pôr do sol eterno!
Não guardo questionamentos políticos histéricos que não me interessam.
Não guardo ligações de fantasmas que eu mesma…
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