Soneto do que Hans vê
De cima do telhado o gato olha
Como um menino roda o seu peão
Ou talvez veja um velho caminhão
Quem sabe enxergue como a chuva molha?
O gato Hans, de dentro da sua bolha
Talvez divise gente num balão…
Quem sabe aviste a negra escuridão?
Ou veja uma garrafa e sua rolha?
Hans olha para fora e eu com ele
Tentando descobrir o que está além
Da moldura no quadro a circundá-lo
Mesmo querendo ver através dele
Só sei o que imagino, vejam bem!
Verei um dia o que está a rodeá-lo?
Poeta da Garrafa 