Invisível aos olhos nús
Pouco a pouco espalhou-se
Nuvem agregando átomos
Atravessou fronteiras do mundo
Veio colando-se aos brônquios
Provocando espirros, expelindo ondas
Seus desenhos feios saíam na tosse
Humanidade inteira conheceu-o
Milhares sentiram o estranho pólen
Enfraqueceram, dormiram
O invisível tomou estradas, ruas, mares…
Ondas de gentes recuaram como se mares secassem
Nos lares as novidades dos hábitos
Refúgio para saber do amor
Renasceram valores dentro do esquecimento
Cura veio dos absconsos d’alma
Abrindo janelas, florescendo amor.
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Sobre Poeta da Garrafa
Sou o Poeta da Garrafa. Odilon Machado de Lourenço nascido no pampa, ventado em minuanos, procurador de esmos e lonjuras. O que busca caminhos e olhos, palavras e sonhos. O que segue no claro do sol e da lua, o que navega e silencia à beleza. O que lavra a terra, águas e céu, plantador de passos, horizontes, sementes de amor e ternura. O que vai a colher miragens, tomar sombras, redemoinhar sem leme. Sou a distância dos dias e das noites que andam comigo contemplando o mundo. Sou brumas revoadas pelo som das auroras, amanhecido de velhas histórias e delírios. O veio, o nascedouro de uma loucura, mas sou sublime se contemplares meus olhos e ouvir meus sentidos. Sou folheador de paisagens, miscigenado brasileiro da Latino América, ouvidor de marulhos e brisas, caçador de estrelas. Olhador de fogueiras, enritmado de blues, samba e versos. Sou uma deriva com porto.
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