MasticadoresBrasil Editora: Miriam Costa
A doce sombra e
o amor simulado
da podridão. Há tempo
que desce em cada linha; linhas que,
inconsúteis, deslizam para o tempo
em vagas frias e abertas. Tu sonhas
com o vento que dilui as certezas,
e choras as certezas; aos saltos,
choras as certezas das linhas,
a mónada do arqueólogo, e,
embaciando com o hálito gasto
as substâncias todas da noite,
és dito na agonia
onde, reflectido, és uma árvore
torcida por dores claras e desenhadas;
és visto na agonia,
onde, no imo das noites, vês
a fúria estropiada e sólida
da tua geometria; essa luta
de linhas deslizando ao reencontro
com o negro, o pó, o podre,
com todo o cérebro de pano escuro,
com todas as cores
que tremem, jubilantes,
no calor da descrença.
João Maria é um excelente escritor, que tenho o prazer de acompanhar.
Muito boa tradução.
Uma boa semana.
Certamente, é uma alegria tê-lo conosco.
Boa semana…
Irina, o outro é que foi uma tradução deste, haha!
Muito obrigado, tu és uma excelente tudo, e adoro ter-te perto.
Ora bem, peço desculpa pela confusão. Tomei conhecimento do em inglês, só depois deste…
Dá para notar que eu talvez seja um pouco distraída (as vezes). 😊