Esperamos na montanha vendo o mar
Enfogueiramos a noite abismada de astros
Cantamos caminhos, vozes universais
Nascemos azulados de nuvens
Habitamos embrasadas cachoeiras de magma
Nossas mãos, puras espadas, se alongam nas estradas da luz
Atravessam o tempo
Enfeixam-se ao limite do céu e do mar
Um chamamento leva-nos
Acariciamos a brisa da tua cor
Acolhemos os calores dissipados da tua dança
Abraçamo-nos
Queimamos retinas, fitamos o vinco que abre estações
Olhamos no claro a flor no horizonte
Cara a cara avançamos ao fogo cegados de amor
Fluímos no espaço
Ensolaramos auras, mantras, rostos perdidos…
Libertamos o fogo.
Não é à toa que o Sol foi visto como um deus.
Exatamente Roubel!