AOS OPERÁRIOS E OPERÁRIAS DE UMA METALÚRGICA EM CAMPO BOM
Essa ternura metálica saindo aos olhos
Sensação de labor bem-amado como flor bem olhada
Pedaços duros arranhando dorsos de mãos enluvadas
Maquinarias vibrando pelo meio do tórax
Lodo metálico respingando uma dança de máquina
Ranhuras desfeitas na água uréica e vibrátil
Catarse metálica em giro de cosmos
Rachaduras soldadas no tempo e destino
Marcas de ontem ritmados de lutas
Caminha o verso pisando leve na elegante
trajetória do poema sem rima
Presto reverências ao amor mastigado com esmero
Já sei o que não devo esquecer nem deixar ausente
Sigo olhando sorrisos com desejo de pássaros
Vejam!
Olhares trazendo a lua ao meio da tarde
Teremos paz nesse dia convocado de azul
O sol reinará em nossas frondes
Sentemos à mesa farta e digna do amor
Nesse instante juntemo-nos com alegrias no peito
e sorrisos nas bocas
Jesus, caro amigo, traga mais água
O vinho já temos um pouco.
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Sobre Poeta da Garrafa
Sou o Poeta da Garrafa. Odilon Machado de Lourenço nascido no pampa, ventado em minuanos, procurador de esmos e lonjuras. O que busca caminhos e olhos, palavras e sonhos. O que segue no claro do sol e da lua, o que navega e silencia à beleza. O que lavra a terra, águas e céu, plantador de passos, horizontes, sementes de amor e ternura. O que vai a colher miragens, tomar sombras, redemoinhar sem leme. Sou a distância dos dias e das noites que andam comigo contemplando o mundo. Sou brumas revoadas pelo som das auroras, amanhecido de velhas histórias e delírios. O veio, o nascedouro de uma loucura, mas sou sublime se contemplares meus olhos e ouvir meus sentidos. Sou folheador de paisagens, miscigenado brasileiro da Latino América, ouvidor de marulhos e brisas, caçador de estrelas. Olhador de fogueiras, enritmado de blues, samba e versos. Sou uma deriva com porto.
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