À FRANCISCO CABALHEIRO LEITES
Face ao teu leito imemorial venho bebê-lo
Venho de arredores e caminhos longínquos
Comunico olhares escorrendo em suas águas
Junto-me a vós canoeiros de antigas passagens!
Junto-me a vós pescadores margeados das águas!
Guerreiros das tribos caminhantes do sertão, junto-me a vós!
Olho meus olhos nos seus olhos como pequenas sombras
das nuvens no céu
Navegantes me contaram sobre vós, águas tão grandes…
Velhos capitães de lugares distantes liam sua cor ao fim das tardes
Jamais lhe visitaram!
Nem mesmo em segredo sentiram sua brisa
E sabiam como fluías para fora da terra a generosa força do seu vórtex
Disseram-me os ancestrais, partes desse entorno brindado no agora
E as sensações transitam no belo, na luz, em selvagerias, magias…
Horizontes para todo o Cosmos!
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Sobre Poeta da Garrafa
Sou o Poeta da Garrafa. Odilon Machado de Lourenço nascido no pampa, ventado em minuanos, procurador de esmos e lonjuras. O que busca caminhos e olhos, palavras e sonhos. O que segue no claro do sol e da lua, o que navega e silencia à beleza. O que lavra a terra, águas e céu, plantador de passos, horizontes, sementes de amor e ternura. O que vai a colher miragens, tomar sombras, redemoinhar sem leme. Sou a distância dos dias e das noites que andam comigo contemplando o mundo. Sou brumas revoadas pelo som das auroras, amanhecido de velhas histórias e delírios. O veio, o nascedouro de uma loucura, mas sou sublime se contemplares meus olhos e ouvir meus sentidos. Sou folheador de paisagens, miscigenado brasileiro da Latino América, ouvidor de marulhos e brisas, caçador de estrelas. Olhador de fogueiras, enritmado de blues, samba e versos. Sou uma deriva com porto.
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