Não veio do fundo da noite
Nem do fundo da taça de vinho
Não veio do escuro
Nem das árvores enluadas de negro
Não veio do sol desenhado de fogo
Nem da chuva caída com raios na voz da noturna queimança de medos
Não veio da pedra silenciada em milênios
Nem do grito veio
Não veio da vida nem da morte
Nem do fumo ansioso em serenos
Não veio do trigo plantado na relva da terra vermelha
Nem do solo amarelo da lua
Nem do fósforo veio
Nem da fábrica de doidas palavras sem rima acabada
Não veio da fúria, não veio.
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Sobre Poeta da Garrafa
Sou o Poeta da Garrafa. Odilon Machado de Lourenço nascido no pampa, ventado em minuanos, procurador de esmos e lonjuras. O que busca caminhos e olhos, palavras e sonhos. O que segue no claro do sol e da lua, o que navega e silencia à beleza. O que lavra a terra, águas e céu, plantador de passos, horizontes, sementes de amor e ternura. O que vai a colher miragens, tomar sombras, redemoinhar sem leme. Sou a distância dos dias e das noites que andam comigo contemplando o mundo. Sou brumas revoadas pelo som das auroras, amanhecido de velhas histórias e delírios. O veio, o nascedouro de uma loucura, mas sou sublime se contemplares meus olhos e ouvir meus sentidos. Sou folheador de paisagens, miscigenado brasileiro da Latino América, ouvidor de marulhos e brisas, caçador de estrelas. Olhador de fogueiras, enritmado de blues, samba e versos. Sou uma deriva com porto.
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