Louvor ao Sol

Esperamos na montanha vendo o mar

Enfogueiramos a noite abismada de astros

Cantamos caminhos, vozes universais

Nascemos azulados de nuvens

Habitamos embrasadas cachoeiras de magma

Nossas mãos, puras espadas, se alongam nas estradas da luz

Atravessam o tempo

Enfeixam-se ao limite do céu e do mar

Um chamamento leva-nos

Acariciamos a brisa da tua cor

Acolhemos os calores dissipados da tua dança

Abraçamos-nos

Queimamos retinas, fitamos o vinco que abre estações

Olhamos no claro a flor no horizonte

Cara a cara avançamos ao fogo cegados de amor

Fluímos no espaço

Ensolaramos auras, mantras, rostos perdidos…

Libertamos o fogo.

Sobre Poeta da Garrafa

Sou o Poeta da Garrafa. Odilon Machado de Lourenço nascido no pampa, ventado em minuanos, procurador de esmos e lonjuras. O que busca caminhos e olhos, palavras e sonhos. O que segue no claro do sol e da lua, o que navega e silencia à beleza. O que lavra a terra, águas e céu, plantador de passos, horizontes, sementes de amor e ternura. O que vai a colher miragens, tomar sombras, redemoinhar sem leme. Sou a distância dos dias e das noites que andam comigo contemplando o mundo. Sou brumas revoadas pelo som das auroras, amanhecido de velhas histórias e delírios. O veio, o nascedouro de uma loucura, mas sou sublime se contemplares meus olhos e ouvir meus sentidos. Sou folheador de paisagens, miscigenado brasileiro da Latino América, ouvidor de marulhos e brisas, caçador de estrelas. Olhador de fogueiras, enritmado de blues, samba e versos. Sou uma deriva com porto.
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3 respostas para Louvor ao Sol

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