Agora para tudo já é tarde!
O outono revelou o seu inverno de galhadas desfolhadas
As tardes vão passando como as notas de um piano abandonado
O sol ao nascer detrás dos montes vai escondendo atrás das nuvens um calor já sem ternura
Noites e mais noites habitam nos orvalhos as escuras madrugadas congelantes das memórias e dos versos embrumados
O sangue nessas veias vai fluindo devagar em correntes cujos peixes se aproximam ao nascedouro efetuar sua desova e ali mesmo boiar
Ah! As alegrias da infância vão renascendo nas águas
Vão crescendo e como os peixes vão nadando para o mar
Nesse mar que vai salgando, carregando tantas águas que um dia saem no olhar
E ali deitado no leito, cercado por tantos olhos que o assistiram passar
Vai o barqueiro remando por entre as águas da mata
Por entre as brumas do luar
Navegam ali talvezes, incertezas, paralelos…
E ao porto da margem oposta que todos irão chegar tem a morte inexpressiva juntando um velho no mar.
Curtir isso:
Curtir Carregando...
Sobre Poeta da Garrafa
Sou o Poeta da Garrafa. Odilon Machado de Lourenço nascido no pampa, ventado em minuanos, procurador de esmos e lonjuras. O que busca caminhos e olhos, palavras e sonhos. O que segue no claro do sol e da lua, o que navega e silencia à beleza. O que lavra a terra, águas e céu, plantador de passos, horizontes, sementes de amor e ternura. O que vai a colher miragens, tomar sombras, redemoinhar sem leme. Sou a distância dos dias e das noites que andam comigo contemplando o mundo. Sou brumas revoadas pelo som das auroras, amanhecido de velhas histórias e delírios. O veio, o nascedouro de uma loucura, mas sou sublime se contemplares meus olhos e ouvir meus sentidos. Sou folheador de paisagens, miscigenado brasileiro da Latino América, ouvidor de marulhos e brisas, caçador de estrelas. Olhador de fogueiras, enritmado de blues, samba e versos. Sou uma deriva com porto.
Esse post foi publicado em
Uncategorized. Bookmark o
link permanente.
Thank you for following my blogs too, sometimes I try to translate my poems to English but you know translation is not easy for poetry. But be sure, Google translate is not correct too, I mean can’t translate correctly. Love, nia
“Afternoons are passing like the notes of an abandoned piano”… I loved this expression, as I get help from Google, this is amazing poem, and of course I wished in original language. Thank you, Love, nia
Yes, the translation unfortunately never be able to translate one poem. Nevertheles, i appreciated the sonoroty…Thank you Nia!
Republicou isso em après-pensées.
Gratidão Azuremorn!
Best wishes!
Equally!